terça-feira, 22 de abril de 2008

Educação Alimentar

Tendo em conta que a escola possui a capacidade de influenciar as práticas alimentares das crianças e jovens através do ensino é extremamente importante o seu papel na formação de indivíduos conscientes e equilibrados acerca do consumo alimentar.

O ensino das questões alimentares tem uma presença bastante significativa nos programas escolares:
• 1º ano, 2º ano, 3º ano são leccionadas ementas racionais, o que devem comer mais, o que devem comer menos e Roda dos Alimentos, em «Estudo do Meio»;
• 4º ano não está nada especifico no programa, no entanto, é um assunto abordado pelos professores.
• 6º ano, existe mesmo um conteúdo dedicado á Alimentação.
De facto, o conhecimento teórico dos alunos é bastante razoável, encontramos várias crianças com noções como: «Que as proteínas fazem-nos crescer e as vitaminas evitam doenças», «…não comer muitos doces», «Que temos de comer muitos legumes», «A Roda dos Alimentos, vitaminas, proteínas, etc.».

Apesar da educação alimentar nas escolas ser, no geral, satisfatória, é visível que muitas crianças não põem em prática estas noções veiculadas pelos programas escolares no seu quotidiano alimentar.
Assim, a educação alimentar nas escolas parece ser ineficaz na alteração de práticas erradas ou na promoção de boas condutas alimentares.

A falha poderá estar na falta de frequência de projectos/campanhas no domínio da alimentação nas escolas e que a sua concretização esteja muitas sujeita a condicionalismos, nomeadamente o interesse e motivação dos professores por este assunto.
Não basta as nossas crianças saberem o que é correcto, isso é muito importante, mas é necessário que ponham em prática esses conhecimentos. E um grande passo para que isso acontecesse era a realização de um controlo alimentar escolar mais rigoroso e o acompanhamento nutricional dos alunos por uma nutricionista escolar.

Saber comer é tão importante como saber escrever nos dias de hoje, sendo mesmo que se a criança não for bem alimentada poderá pôr em causa muitas das suas capacidades cognitivas! Nunca a máxima: «Mente sã em Corpo são» fez tanto sentido como nos dias de hoje.

1 comentário:

Ana Margarida Martins Fraga | Ana Rita Viana Granchinho Bispo | Cristiana Gonçalves Martins disse...

Condordo inteiramente com este artigo! Actualmente, com o aumentar da obesidade infantil, torna-se imprescindivel promover actividades que visem a melhoria dos hábitos alimentares dos portugueses, nomeadamente as nossas gerações futuras, ou seja, as crianças. Contudo, na minha opinião, essas actividades/ projectos de educação alimentar só obterão resultados bastante positivos, quando os pais ou educadores dessas mesmas crianças também participarem nesses projectos.